(?) 1250 – John de Holywood (ou Johannes de Sacrobosco), baseado em Al-Khwarizmi e em Fibonacci, escreveu “De Algorismo” ou “Algorismus vulgaris”.
Nesse livro discutia o cálculo com números inteiros positivos. Com 11 capítulos, havia temas como adição, subtração, multiplicação, divisão, raízes quadradas e raízes cúbicas.
A obra acabou se tornando o texto sobre matemática mais comum nas universidades medievais, divulgando definitivamente o sistema posicional decimal e suas técnicas de cálculo na comunidade científica da época.
Entretanto, a adoção do sistema pelos comerciantes e pela população foi lenta. A maioria das pessoas continuou a usar os numerais romanos e o cálculo com ábacos por vários séculos. Assim surgiu o termo “decifrar“, ou seja, “traduzir” para o sistema romano os números escritos no sistema indiano.
(?) 1405 – Uma máquina impressora de textos, a partir de tipos móveis surgiu na China.
(?) 1440 – A primeira fonte foi projetada pelo ourives Johannes Gutenberg, que desenvolveu um sistema de impressãocompleto.
Baseando-se em pequenas peças de madeira ou metal com relevos de letras e símbolos inventadas pelos chineses, chamadas de tipos móveis, ele construiu uma prensa de tipos móveis, que é um equipamento usado para imprimir textos e figuras, pressionando os tipos mergulhados em tinta à base de óleo, e transferindo essa tinta para uma superfície de impressão, um papel ou um tecido. Ou seja, o processo era algo semelhante a carimbar, e abria a possibilidade de produzir várias cópias.
Entretanto, os tipos chineses não eram reutilizáveis. A reutilização dos tipos, para compor diferentes textos, foi proposta por Gutenberg. A ideia se mostrou eficiente e é usada até a época atual.
A montagem de alguns impressos poderia demorar dias, mas a mecanização permitiu o aumento no volume da publicações, pois possibilitava a impressão em série. Era um processo proto-industrial de produção de impressos muito mais eficiente e confiável do que a cópia de manuscritos feita por copistas.
Assim, houve um grande aumento da produção de páginas escritas, pois uma prensa móvel podia produzir 3.600 páginas por dia, enquanto um escrivão, copiando manualmente, chegava a cerca de 40. Ficou possível produzir livros em grande quantidade, o que deu início à era da comunicação de massa.
Ficou possível a economia baseada no conhecimento e começou a disseminação da aprendizagem da leitura e escrita para pessoas pertencentes a diferentes classes sociais.
O aumento da alfabetização e literacia quebrou o monopólio da elite letrada sobre a educação e aprendizagem, e reforçou a emergente classe média. Começaram a florescer línguas nativas, em detrimento do latim, que era amplamente usado.
Nos anos seguintes a maior circulação de informação e de ideias revolucionárias ultrapassou fronteiras, estimulou a Reforma Protestante e ameaçou o poder de autoridades políticas e religiosas.
É importante lembrar que a liberdade presume um acesso irrestrito à informação. Possibilitar tal acesso, por meio de muitas cópias de livros foi uma das bases da disseminação de sistemas democráticos em diversos países.
Portanto, a invenção e a difusão da prensa tipográfica de tipos móveis é considerada como o acontecimento mais influente do segundo milênio DC, pois revolucionou a maneira como as pessoas concebem e descrevem o mundo.
Posteriormente, novas fontes foram criadas como se pode ver clicando na figura seguinte.
A substituição da imprensa operada manualmente, ao estilo de Gutenberg, por prensas rotativas permitiu a impressão em escala industrial, no início do século XIX, quando prensas giratórias a vapor substituíram a operação manual, fazendo o mesmo trabalho em muito menos tempo.
Outras invenções se seguiram: